Líder do governo Michel Temer enquanto foi deputado federal por Sergipe, o presidente da executiva estadual do União Brasil, André Moura, tem enfrentado resistência do PT nacional para ocupar espaços no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, principalmente, no que tange as movimentações para ter o comando da Codevasf no seu estado natal.
A informação é de que, dentro do PT, André apenas estaria contando com o apoio do ministro-chefe da Secretaria Geral da presidência, Márcio Macedo (PT). No entanto, mesmo com a simpatia de um dos nomes de mais confiança de Lula, o ex-deputado segue em desvantagem, considerando todo seu trabalho como parlamentar, que levou o partido do presidente ao declínio.
Vale lembrar, neste caso, que a crise vivida pelo PT até recentemente iniciou com movimentações na Câmara dos Deputados para o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016, tendo como força motriz não somente o ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha, como também André, que nunca escondeu sua adversidade perante o partido.
A consequência imediata foi o que, para muitos, é considerado como um golpe, e a desmoralização de Dilma e do PT, na época. Isso porque o objetivo inicial era conseguir o impedimento da presidente, o outro era inviabilizar a candidatura de Lula nas eleições de 2018: primeiro, condenando-o; tornando-o “ficha suja”; e, finalmente, prendendo-o. As eleições municipais que se realizaram dois meses depois, por exemplo, representaram uma derrota fragorosa do partido em todo o país.
Logo, diante dos fatos, é de fácil compreensão a decisão do governo em não abrir espaço para André, que, ao que parece, tenta esconder seu passado obscuro na relação com o PT, que agora voltou a se engrandecer no cenário nacional, elegendo Lula para mais um mandato, possivelmente iniciando um novo ciclo de conquistas.