O projeto de poder de Fábio Mitidieri (PSD) é maior do que a lealdade a quem o ajudou na eleição: o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT). É o que vem se confirmando, mais uma vez, após a Realce ter trazido a informação desde o pleito do ano passado, de que o atual governador não irá cumprir seu acordo com o pedetista para indicar seu sucessor na capital sergipana nas eleições 2024 – o que também foi trazido com exclusividade pela revista.
A informação é que Edvaldo não irá indicar o candidato a prefeito e, muito menos, o vice. Nesse cenário, Mitidieri deverá escolher a deputada federal Katarina Feitoza (PSD) para prefeita, e André Moura lançará a delegada Danielle Garcia (Podemos), com quem tem feito alinhamentos, para compor a chapa majoritária.
Eles vão optar por duas mulheres para combater a vereadora Emília Corrêa (Patriotas) que, se as eleições fossem hoje, venceria já no primeiro turno, conforme pesquisas de consumo interno e consultas digitais, que apontam seu favoritismo. Além disso, com a indicação, André quer se fortalecer para as eleições 2026.
O cenário fica mais evidente com as recentes declarações do ex-governador Belivaldo Chagas (PSD), que revelou ter feito um mapeamento em todas as cidades sergipanas para que o partido presidido por ele tenha renovação de prefeitos no próximo ano, o que dar a entender que buscará lançar algum nome pessedista na capital, como a própria Katarina.
No entanto, é importante frisar novamente que, desde que Fábio foi indicado para disputar o governo de Sergipe nas últimas eleições, foi acordado que Edvaldo iria indicar o candidato à sua sucessão com apoio do grupo, já que este recuou e aprovou as decisões do bloco em 2022, sob a condição de estar à frente do processo eleitoral de 2024. Porém, mais uma vez, o prefeito será escanteado e humilhado pelos governistas.