A Justiça tornou réu o jogador Matheus Gomes, ex-goleiro do Sergipe, pela Operação Penalidade Máxima II, que investiga manipulação de jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022. Outros 15 jogadores de futebol também se tornaram réus na terça, 9, após o Tribunal de Justiça de Goiás aceitar denúncia do Ministério Público do estado.
Em nota, o Clube Esportivo Sergipe pontuou que, desde o fim do Campeonato Estadual, em abril deste ano, o goleiro Matheus Gomes não faz mais parte do elenco colorado. No entanto, os jogos investigados aconteceram em 2022, período em que Gomes estava no time sergipano.
Apesar disso, o Gipão reiterou que, caso seja necessário, irá contribuir com as autoridades no processo investigativo.
Conforme o MP, mediante contraprestação financeira, os atletas asseguravam a prática de determinados eventos em partidas oficiais de futebol e, com isso, garantiam o êxito em elevadas apostas esportivas feitas pelo grupo criminoso em casas do ramo, como Bet365 e Betano.
“O grupo se vale, ainda, de inúmeras contas de terceiros para aumentar seus lucros, ocultar reais beneficiários e registra a atuação de intermediadores para identificar, fornecer e realizar contatos com jogadores dispostos a praticar as corrupções”, afirmam os promotores.
Além do ex-atleta do Gipão, foram denunciados os seguintes jogadores: Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Eduardo Bauermann (Santos).
Mais nove pessoas, apostadores e membros da organização criminosa, também são apontados na denúncia, que “esmiúça 23 fatos criminosos ocorridos durante as partidas, nas quais jogadores se comprometeram a cometer faltas para receber cartões e a cometer pênaltis. A organização criminosa visava apostar nos resultados e eventos induzidos e, desta forma, obter elevados ganhos”.