Com histórico de embates duros após a CPI da Covid-19, o senador Rogério Carvalho (PT) vem, novamente, atraindo a atenção da imprensa nacional com seu papel de destaque na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro deste ano, em Brasília.
Após ter iniciado os trabalhos com o anúncio de propor a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), agora o primeiro-secretário fez duros questionamentos a respeito da atuação do também senador Sérgio Moro, quando foi juiz.
No debate realizado na terça-feira, 6, Carvalho reforçou a importância de uma investigação detalhada sobre os diversos crimes que resultaram na destruição dos prédios dos três poderes em Brasília, dentre eles as possíveis fraudes de Moro.
O sergipano mencionou, sem citar nomes, o ex-juiz que teria cometido as ações fraudulentas, incluindo a fraude do áudio para comprometer o juiz Appio, a condenação injusta do presidente Lula e a falsificação do cartão de vacinação pelo ex-presidente da República.
“Primeiro eu quero chamar a atenção que nós estamos submetidos ao modus operandi que vem agredindo e atacando a nossa democracia como foi os atos de 8 de janeiro, mas tem uma característica que é a fraude. Essas ações fraudulentas causaram um efeito chamado ‘efeito Bolsonaro’, resultando em perdas de vidas”, afirmou.
Após ser interpelado de tal forma, Moro não escondeu seu nervosismo, mas, mesmo assim, tentou rebater Carvalho. No entanto, ele mais uma vez, foi derrotado no duelo pelas palavras com embasamento do petista, assim como já ocorreu no primeiro embate do PT com o ex-juiz. Moro, seguindo sua linha de raciocínio em relação a Lula, ao Partido dos Trabalhadores e a seus membros, acusou Rogério e a sigla de corrupção.