A polêmica entre o deputado federal Rodrigo Valadares (UB) e o colégio CCPA continua dando o que falar. Ontem, 28, a deputada estadual Linda Brasil (Psol) utilizou a tribuna da Alese para criticar o parlamentar, acusando-o de comportamento “fascista e transfóbico” em relação à escola.
Linda Brasil declarou veementemente sua oposição ao deputado Valadares, afirmando que ele cometeu um crime de transfobia e desrespeitou os princípios de integridade do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ela enfatizou que atitudes como a do parlamentar não podem ser toleradas e pediu medidas legais contra ele.
“Levei o caso do deputado fascista, que cometeu o crime de transfobia e violou os princípios de integridade do ECA, para a tribuna da Alese. Não podemos aceitar que esses extremistas distorçam fatos, persigam nossas histórias, nossas/os corpas/os, nos desumanizando, e mentindo sobre nossas lutas por direitos, com o intuito exclusivo de destilar ódio, viralizar de maneira suja, desonesta e criminosa”, disse a deputada.
Linda também anunciou sua intenção de entrar com uma representação no Ministério Público Estadual (MPE) contra o deputado, o que gerou uma resposta imediata por parte do parlamentar.
Em sua conta no Instagram na manhã desta sexta-feira, 29, Rodrigo defendeu sua posição e se mostrou firme em sua postura. Ele afirmou que não recuará em relação ao que considera uma luta para proteger as crianças da “doutrinação LGBT” nas escolas.
“A deputada disse que iria me representar no MP, pelo fato de termos denunciado doutrinação ideológica trans em escola particular. Além disso, me chamou de fascista. Só tenho um recado para a deputada: deixe nossas crianças em paz”, escreveu o deputado. “Continuarei lutando para proteger nossas crianças da doutrinação LGBT nas escolas. Não irei retroceder, e deixo um recado muito claro.”
A polêmica tem como ponto central um vídeo em que Rodrigo critica uma atividade escolar realizada no CCPA, acusando-a de alusões e encenação relacionadas ao casamento trans e à transexualidade. O colégio, por sua vez, repudiou a atitude do deputado e esclareceu que a atividade em questão não tratava de temas relacionados à sexualidade ou ideologia de gênero, mas sim de uma homenagem à discografia da artista Rita Lee, conhecida como a “Rainha do Rock”.