As relações estreitas de André Moura (UB) com prefeitos e demais lideranças políticas seguem gerando apreensão entre os governistas, especialmente nos gestores que apoiaram Fábio Mitidieri (PSD) nas eleições de 2022. Este grupo expressa frustração ao testemunhar o ex-deputado federal articulando com seus respectivos adversários diretos, quando há pouco menos de um ano estavam usando suas estruturas para manter o atual grupo no comando do estado.
Em 2022, André assumiu a liderança da campanha de Mitidieri no segundo turno, sendo o principalmente articulador, indo além da coordenação. Fábio saiu de terceiro colocado no primeiro turno para vencedor do pleito.
Dada essa importância de André não somente na eleição, mas no próprio Governo, a situação eleva sua gravidade. Em municípios-chave, como Barra dos Coqueiros, Airton Martins (PSD), que apoiou Mitidieri, vê André municiando o prefeito Alberto Macedo (MDB), aliado de Rogério Carvalho (PT). Em Nossa Senhora do Socorro, Samuel Carvalho (Cidadania) e Padre Inaldo (PP), que apoiaram o governador, observam Moura engajado com Fábio Henrique (UB). Em São Cristóvão, Diego Prado e Gedalva Umbaúba, também apoiadores de Fábio, percebem o apoio de AM a Marcos Santana (MDB).
Em Poço Verde, o prefeito Iggor Oliveira (PSD), um dos prefeitos que mais se engajou na campanha de Mitidieri, testemunha agora André Moura unindo dois fortes opositores para enfrentá-lo: Roberto Barracão (UB) e Edna de Toinho de Dorinha (PSB).
Nos bastidores do poder, alguns acreditam que toda essa situação está alinhada com o governador. Caso esteja, o projeto de 2026 de Fábio e André passa por cima dos aliados nos municípios, responsáveis pela vitória do governador em 2022.