Por Fernanda Souto
Nos últimos dias, um aumento nos casos de feminicídios tem assolado Sergipe, deixando as cidades de Lagarto, Poço Redondo, Itaporanga D’Ajuda e São Domingos alarmadas. Em todos os trágicos episódios nesses municípios, os companheiros das vítimas são os principais suspeitos, lançando um alerta urgente sobre a violência contra as mulheres no estado.
Histórias como essas, que se repetem diariamente, destacam uma realidade difícil e traumática enfrentada por milhares de mulheres, que não só ceifa vidas, mas dilacera comunidades e deixa cicatrizes indeléveis.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Sergipe (SSP-SE), em março, revelou números alarmantes: 113 feminicídios registrados em sete anos. Nos últimos três, o estado contabilizou 53 mortes de mulheres pelo mesmo crime, uma dolorosa marca de uma violência que, muitas vezes, se origina de maneira sutil no seio das famílias.
O feminicídio, definido como um homicídio qualificado praticado “contra a mulher por razões da condição de sexo feminino”, envolvendo “violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição de mulher”, é uma triste realidade que exige atenção urgente.
Em 2022, foram registrados 11.621 casos relacionados à Lei Maria da Penha em Sergipe, que visa combater cinco formas de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.
A escalada desses números é um alerta para a necessidade de enfrentar não apenas as consequências, mas também as raízes profundas dessa violência, promovendo a conscientização e ações efetivas para proteger as mulheres ameaçadas em seus próprios lares.