Liderando todas as pesquisas de intenção de voto divulgadas até então, o ex-prefeito de Itabaiana Valmir de Francisquinho (PL) protagoniza um levante popular nunca visto em Sergipe a favor de sua pré-candidatura para governador do estado. Esse cenário, aliado à curva crescente de Valmir nos estudos publicados, mostra que será uma tarefa árdua para os governistas desbancar sua liderança nestas eleições, restando a aposta no único recurso que lhes parece viável: impedir Valmir de Francisquinho disputar a eleição.
Em abril, Valmir apareceu à frente para o governo com 25,89% segundo o Instituto França de Pesquisa (IFP), foi para 31,61% no início de maio conforme o Datalô, e chegou aos 48,4% na sondagem recente feita pelo Opinião. Já Fábio Mitidieri (PSD) aparece em terceiro nas duas primeiras aferições e só na última pontuou em segundo na disputa com 21,9% contra os 48,4% de Francisquinho, pouco mais de 1% acima do terceiro, Rogério Carvalho (PT) que obteve 20,4% na estimulada do Opinião. Analisando esta sequência, percebe-se que o pretenso candidato do PL possui mais que o dobro da preferência eleitoral em relação ao pré-candidato de Belivaldo Chagas.
Com Valmir de Francisquinho como força implacável, uma saída que entusiasma os situacionistas para mudar o quadro que aparenta ser irreversível seria o ex-prefeito não participar o pleito em 2022. Nesse ponto, várias sinalizações já foram reconhecidas enquanto tentativa. Uma delas, sem sucesso, foi a movimentação de desenterrar o processo do matadouro após anos, e que a oposição assegura que se trata de perseguição política ao itabaianense; a outra, nova aposta governista, é a exploração de que Valmir teria praticado irregularidade ao subir no palanque do filho Talysson na campanha deste para deputado estadual e nesta ocasião a cor azul (que remeteria à cidade de Itabaiana) ter sido utilizada.
Esses acenos expõem o interesse, sobretudo dos que fazem parte do grupo do atual governo, que detém a influência e poder da máquina pública, em ver Valmir de Francisquinho complicado na justiça como único modo viável de frear o crescimento da aceitação do eleitorado sergipano ao seu nome para o governo.