Duas estratégias de Fábio Mitidieri (PSD) são extremamente claras: se posicionar como o novo e conquistar a aceitação entre os eleitores de Lula (PT). O novo é uma marca patenteada por Valmir de Francisquinho (PL) nas eleições 2022; e o candidato do Partido dos Trabalhadores, partido de Lula, é o senador do orçamento secreto de Bolsonaro, Rogério Carvalho. E é aí que aumenta a importância da escolha do vice para lograr êxito nessas empreitadas.
Ontem, primeiro de agosto, uma sigilosa reunião, que a redação da Realce teve acesso a algumas informações, aconteceu entre Edvaldo Nogueira (PDT), Belivaldo Chagas (PSD) e Fábio Mitidieri (PSD). No encontro, o prefeito de Aracaju comunicou que sua esposa, Danusa Silva (PDT), não aceitou participar da vida pública e assim estará fora das eleições, mantendo o foco no setor privado. Edvaldo respeitou a decisão e deverá contribuir com outra indicação para vice. Ainda segundo a fonte, não é verídica a informação que Silva foi ao palácio informar a decisão a Mitidieri.
Sem Danusa, o nome de Luciana Déda (PDT) seria o ideal para o projeto de Fábio. Toda a tentativa de construção citada no início do texto se encaixa envolta da Déda Chagas. Mas há um problema a ser resolvido: Maria Mendonça (PDT), ciente que sua reeleição é quase impossível, deseja se refugiar no espaço de vice. No entanto, a composição com a deputada por 6 mandatos prejudicaria a estratégia dos governistas pela desconstrução da imagem que Fábio luta para criar.
Além do problema Maria, segundo informações dessa sigilosa reunião, Edvaldo cogita indicar um homem do PDT, o que poderia gerar desgate com Luciano Bispo (PSD), que apesar de ser um dos líderes do grupo, foi escanteado com o argumento da indicação ser uma mulher.
Em um cenário tão incerto para a escolha do vice de Mitidieri, é cada vez mais provável que Luciana Déda seja a indicada. Apesar de restar apenas 4 dias para as convenções, o relógio irá correr lento e muitas reviravoltas poderão acontecer.