Ontem, 27, fez exatos 20 anos da primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2002. Desde então, seu nome ganhou uma grande força política capaz, inclusive, de influenciar diretamente as disputas estaduais. Tanto é que, em Sergipe, durante quatro pleitos para o Palácio dos Despachos, todos os postulantes apoiados pelo petista foram eleitos.
A vitória com a força lulista no estado começou com Marcelo Déda (in memorian). O político, que foi deputado estadual e federal com a maior votação do estado, na época, além de prefeito da capital sergipana, foi eleito governador em 2006, no mesmo ano da reeleição do presidenciável para seu segundo mandato. Ao lado de Lula, o ex-chefe do Executivo estadual deu início a uma “época de ouro” sob comando petista, considerado o período de maior avanço de Sergipe na economia, esporte, cultura, saúde e no social. Em 2010, ele foi reeleito governando o estado até 2013, ano de sua morte.
Assim como foi importante para a eleição de Déda, Lula também foi peça crucial para eleger Jackson Barreto (MDB) com 537.793 votos em 2014. No pleito posterior, Belivaldo Chagas (PSD) obteu êxito na disputa também com apoio de Lula e foi eleito com 679.051 votos.
Agora, após 12 anos e situações que corroboraram ainda mais com sua força, Lula volta a disputar a presidência. O esperado é que, em Sergipe, seu apoiado, Rogério Carvalho (PT), também vença o pleito e repita a vitória dos nomes apoiados pelo ex-presidente no estado.
No primeiro turno, Lula venceu em todos os 75 municípios sergipanos, atingindo 828.716 votos. Já Rogério venceu o governista Fábio Mitidieri (PSD) e deve ampliar sua vantagem nesse segundo turno, marcando a vitória da oposição e o retorno do modelo de gestão de Déda.