Na manhã desta terça-feira, 17, uma tragédia chocou todos os sergipanos. Laura Beatriz, de três anos, e Ana Lívia, de cinco anos, morreram vítimas de um incêndio ocorrido em uma residência no Mutirão do Conjunto João Alves, município de Nossa Senhora do Socorro, na Grande Aracaju.
Conforme relato do tio do pai das meninas, Valdevan da Silva, a residência teve o serviço de fornecimento de energia elétrica cortado em função do atraso de uma conta. Logo, por falta de pagamento, a família recorreu a velas para poder iluminar a casa durante a noite, o que ocasionou, posteriormente, na tragédia: a vela foi a causadora do incêndio.
“Eles atrasaram a conta e quando foram dormir, por causa da escuridão dentro de casa, acenderam uma vela e acabaram dormindo. A vela provavelmente deve ter derretido ou caído, não sabemos ao certo, e pegou no colchão. Quando a mãe das meninas acordou, já foi com o colchão em chamas. Ela se desesperou, tentou pedir ajuda, correu para o portão, mas os vizinhos não conseguiram ajudar, porque o portão estava fechado”, conta o tio das crianças.
O relato do tio escancara a falta de amparo do governo local para os mais vulneráveis socioeconomicamente, que deveriam receber o suporte necessário para viver dignamente, e não serem deixados à mercê da sociedade.
Programas sociais como o Cadastro Único, Bolsa Família, Pronatec, Bolsa Verde e, até mesmo, o Auxílio Emergencial ajudam a minimizar os agravantes. No entanto, considerando o atual cenário do país, que o real não possui tanto poder de compra, milhares de famílias não conseguem ter o mínimo e ficam sujeitas a situações como esta de Socorro, que fez todo o estado acordar em luto.