O itabaianense Luciano Oliveira dos Santos, popularmente conhecido como Popó Bolsonaro, segue preso por tempo indeterminado no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Ele foi identificado pelas autoridades como um dos invasores responsáveis por praticar atos de terrorismo na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
No entanto, os dias do sergipano na Papuda podem estar contados em virtude de uma reivindicação da juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, para que os detentos sejam transferidos para unidades penitenciárias de regime fechado no respectivo estado oficial de moradia. O pedido oficial ainda aguarda apreciação do ministro Alexandre de Moraes.
Até que isso ocorra, tanto ele como os demais 941 terroristas permanecem presos no complexo, conforme revelou o poder judiciário do DF nesta quarta, 8. Todos passaram por audiência de custódia entre os dias 09 e 12 de janeiro, quando a prisão temporária foi transformada em preventiva.
Entre os crimes que respondem está: associação criminosa; incitar a animosidade entre as Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais; tentativa de abolir, com grave ameaça ou violência, o Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância; inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima; associação criminosa armada; e deterioração de patrimônio tombado.
As punições de reclusão para estes casos variam de 03 meses a 12 anos; juntos, caso sejam punidos com o mais rigor da justiça, os suspeitos podem ficar até 29 anos presos em regime fechado.
O dano financeiro provocado pelos golpistas ultrapassa a casa dos 20 milhões de reais. Parte deste prejuízo está sendo pago por empresários e políticos que foram identificados pela própria Polícia Federal como financiadores de caravanas oriundas de todas as regiões do país. Estas pessoas tiveram suas contas bloqueadas por determinação judicial.