O Partido dos Trabalhadores escalou uma tropa de choque com parlamentares que foram ou são integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, como o deputado federal por Sergipe João Daniel, que é coordenador do núcleo rural da legenda na Câmara, para participar da CPI do MST, iniciada na última quinta-feira, 18.
Em entrevista para a Globo News, o parlamentar, em defesa do movimento, frisou sua posição firme sobre a CPI que, para ele, nada mais é do que uma manobra dos setores conservadores e do agronegócio.
De acordo com João, tendo isso em vista, o grande objetivo da ala conservadora com a instalação da comissão parlamentar de inquérito é reprimir a luta pela Reforma Agrária no país.
A CPI, instalada na Câmara, tem como relator o deputado Ricardo Salles (PL-SP), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é conhecido por ser uma das vozes do agronegócio na política nacional.
Ao todo, são 54 membros entre titulares e suplentes, dos quais 40 são deputados ruralistas, ligados à Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), e apenas 14 governistas.