Uma recente e polêmica declaração do deputado da base governista na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), Marcelo Sobral (UB), com relação às manifestações dos servidores públicos contra o aumento abrupto na contribuição do Ipesaúde, ganhou uma grande repercussão negativa no estado.
“O Ipes é facultativo. O servidor fica se quiser. Se estiver insatisfeito, vá para o Bradesco, Unimed, ou qualquer outro”, disse o parlamentar em entrevista recente, alegando que os usuários do Ipesaúde devem migrar para planos privados.
A declaração do deputado reforça especulações nos bastidores sobre um possível favorecimento do setor privado com a reestruturação do Ipesaúde, o que poderia resultar em uma migração massiva de servidores para planos de saúde privados.
Esse cenário alimenta discussões acerca de uma possível estratégia do governador Fábio Mitidieri (PSD), em uma busca incessante por transformar o estado em um “balcão de negócios”, que prejudica os interesses da população sergipana.
Isso porque, o chamado golpe contra os servidores públicos tem fortalecido a mão do governador, favorecendo empresas de planos de saúde privados, entre elas a Plamed, da família Mitidieri. A situação levanta questionamentos sobre o crescente viés de mercado que parece tomar conta do estado, enquanto a saúde da população é colocada em segundo plano, tornando-se mais uma mercadoria na vitrine do governo.