Escalado pelo PT para a tropa de choque do partido na CPI do MST na Câmara, o deputado federal por Sergipe, João Daniel (PT), protagonizou nesta terça-feira, 1º, um embate contra o relator da Comissão Parlamentar, Ricardo Salles, que tumultuou a reunião do colegiado ao desviar do tema e questionar o general Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula, a respeito de sua opinião do golpe militar de 1964.
Chamando o golpe de “revolução”, Salles questionou se Dias considerava a ditadura positiva ou negativa, questionamento que logo provocou a reação de deputados governistas.
Para João Daniel, Ricardo não poderia fazer apologia à ditadura militar, e muito menos desrespeitar o general. “Respondi à altura ao relator da CPI, Ricardo Salles, diante dos elogios feitos por ele à ditadura militar e suas ações de quebra da ordem institucional do país. Absurdo! Como também pelo desrespeito com o depoente General G Dias, inclusive de constrangimentos pessoais”, salientou.
João ainda pontuou que, diante da situação, fica claro que a CPI não tem compromisso com a construção de políticas para a agricultura, a reforma agrária, a defesa da agricultura familiar, e com a política de superação da fome no país. “Usam a CPI para tentar ganhar espaço nas mídias pautando absurdos como este de hoje”, disse.