Na política, como em qualquer setor da vida, aprender com os erros é fundamental para alcançar seus objetivos, para evitar repetir falhas. E Edvaldo Nogueira (PDT) mostrou nos últimos dias que absorveu bem esse ensinamento. Nas eleições de 2022, o prefeito de Aracaju, municiado com as pesquisas que o colocavam em primeiro lugar, e vendo Fábio Mitidieri atrás de Rogério Carvalho (PT) e Valmir de Francisquinho (PL), resolveu declarar que era pré-candidato ao governo do Estado e viu seu próprio grupo desintegrar sua imagem.
Experiente após quatro mandatos à frente da prefeitura, Edvaldo se prepara para passar o bastão de prefeito no próximo ano, demonstrando, desta vez, cuidado para não comprometer o potencial nome de sua sucessão, mas sobretudo diante da desafiadora eleição em 2024 com a forte favorita Emília Corrêa (Patriota).
Neste cenário desafiador, o pedetista delineia uma estratégia cautelosa para evitar qualquer desgaste no nome de Luiz Roberto (PDT), sua aposta prioritária para as eleições de 2024 na capital e que nitidamente mostrou crescimento. Ele reforçou nos últimos dias os nomes de Waneska Barbosa (PDT) e Jeferson Passos (PDT), sem, contudo, revelar oficialmente sua escolha para a sucessão, gerando uma distração diante da classe política, para evitar o massacre que recebeu ano passado.
É importante relembrar que em 2022, Nogueira recuou, cedendo espaço para Fábio Mitidieri (PSD), sendo visto como bom estrategista por alguns, mas como frágil por muitos outros, já que estava respaldado nas pesquisas e não foi para conflito, para não confrontar o grupo. Havia também a crença no alto escalão político que o prefeito não loteria o Governo do Estado, seguindo seu modelo de gestão mais técnica que política, o que gerou insegurança no cumprimento dos acordos políticos.
A Realce vem realizando uma grande pesquisa em Aracaju, que deverá ser finalizada ainda nessa semana e nos próximos dias estará sendo publicada nos canais oficiais da revista.