Na manhã desta segunda-feira, 6, o governo de Sergipe causou uma grande polêmica ao hastear a bandeira de Israel no Palácio dos Despachos. A ação desencadeou uma série de reações nas redes sociais, com uma onda de críticas à gestão de Fábio Mitidieri (PSD).
Alguns internautas questionaram o possível apoio do governo de Sergipe ao Estado de Israel, associando a gestão a ideologias de ultradireita, devido ao seu modelo neoliberal e por possuir membros da direita radical.
“Alguém sabe se Fábio Mitidieri está dizendo que apoia abertamente o genocídio palestino? Se ele assume que o sangue das mais de 4.000 crianças mortas também estão nas mãos dele? Isso é um absurdo!”, disse uma internauta. “Liberal sempre está de mãos dadas com o fascismo”, completou outro.
“Solidariedade com a Palestina não tem, só com um lado. Cadê se posicionar sobre os brasileiros presos em GAZA enquanto estadunidense sai?”, questionou o cientista político André Carvalho.
É importante lembrar que o governo brasileiro tem uma posição clara em fóruns internacionais, como as Nações Unidas, exigindo um cessar-fogo imediato nos conflitos entre Israel e Palestina. O Brasil condena os bombardeios israelenses em Gaza, que causaram vítimas civis e a destruição de infraestrutura.
No entanto, a decisão do governo de Sergipe de hastear a bandeira de Israel sugere um alinhamento diferente, o que desencadeou a reação do público. O conflito de longa data entre Israel e Palestina envolve questões políticas e religiosas complexas e resultou em muitas tentativas de paz, mas com resultados limitados até o momento.
Por um lado, a Palestina busca a suspensão da colonização de seus territórios. Por outro lado, Israel busca o reconhecimento como um Estado judeu, uma demanda que os palestinos têm relutância em aceitar, devido às implicações sobre o direito de retorno dos refugiados.
Após a repercussão negativa, o governo de Sergipe alegou que a exibição da bandeira atendeu a uma solicitação da Embaixada de Israel. Entretanto, após a reação pública, ela foi prontamente retirada.