Diante da perspectiva de ser preterido pelo grupo governista, que supostamente já teria selecionado dois prováveis candidatos para a corrida ao Senado em 2026, o ex-deputado federal André Moura (UB) está intensificando suas articulações políticas, com um plano B que incluiria uma possível aliança com o ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), para a mesma disputa eleitoral. Ou melhor, um plano C, já que tentou também com Emília Corrêa (PRD).
Nos bastidores da política na capital sergipana, as informações dão conta de que o Governo do Estado está tentando fazer um alinhamento com Márcio Macedo, para que o ministro seja candidato ao Senado pelo grupo governista. No entanto, o governador Fábio Mitidieri (PSD) também já deixou claro que vai apoiar o nome indicado por Edvaldo em 2024, e o prefeito vai ser candidato a senador em 2026. Ou seja, o bloco já tem dois nomes desejados para a disputa. Ciente disso, André Moura está articulando um plano B.
No entanto, é dado como certo que Márcio só conseguirá disputar ao Senado, caso Rogério Carvalho (PT) decida ir para o Governo, e assim Macedo disputaria para senador numa chapa majoritária de oposição, já que o PT Sergipe deliberou por esse posicionamento.
O ex-deputado federal já buscou uma aliança com a vereadora Emília Corrêa (PRD), apontada nas pesquisas como favorita na corrida para prefeita de Aracaju em 2024. O objetivo era garantir o controle da prefeitura da capital, onde seu capital eleitoral é deficiente, visando disputar o Senado de igual para igual com Edvaldo, já que a cidade vem sempre definindo as eleições estaduais.
Após a recusa da vereadora, segundo fontes da Realce, André tentou diálogos com Valmir e os irmãos Amorim, com quem tem bom relacionamento. A estratégia seria, em caso de vitória na disputa pela prefeitura, seja com Emília ou Yandra (UB), que não emplacou nas pesquisas, Moura concorrer ao Senado com Francisquinho como candidato ao Governo, ou vice-versa. Contudo, as informações são que, assim como Corrêa, o ex-prefeito da cidade serrana também rejeitou as investidas de AM.
A capital tem sido o foco central das articulações de André, considerando seu já citado frágil capital eleitoral. Em 2018, suas expectativas de uma vitória expressiva na disputa ao Senado foram frustradas, enfrentando uma dura derrota ao conquistar apenas 30.204 votos em Aracaju, representando 6,22% do total de votos.