Uma nova polêmica envolvendo a luta pelo piso nacional do magistério em Tobias Barreto intensifica as tensões entre a gestão municipal e os professores da rede pública. Na última segunda-feira, 4, o prefeito Dilson de Agripino encaminhou à Câmara de Vereadores um projeto de lei que propunha um reajuste de 3,62% no piso salarial dos professores municipais, citando a portaria 06/2024 do Ministério da Educação (MEC).
No entanto, a portaria mencionada estipula que o piso salarial dos professores deve ser de R$ 4.580,57, um valor que não corresponde à realidade salarial em Tobias Barreto. O piso da rede municipal está defasado desde 2020, estagnado em R$ 3.176.
Essa discrepância levanta suspeitas sobre a proposta do prefeito, considerada pela vice-presidente do Sintese, Ivônia Ferreira, como uma manobra para aparentar conformidade com as diretrizes do MEC, enquanto desconsidera as reais necessidades dos professores.
O projeto foi aprovado por 3 votos a 1 na sala das comissões, ontem, 7, e seguirá para o plenário da Câmara de Vereadores para votação final.
Ivônia expressou preocupação com a aprovação do projeto, afirmando que seria um atestado de desrespeito aos professores e à sociedade de Tobias Barreto.
Em maio do ano passado, outra polêmica envolvendo Dilson e a categoria marcou sua gestão. Na ocasião, um professor suplicou de joelhos aos vereadores da bancada do prefeito que fossem favoráveis ao piso dos educadores. Na época, a proposta original de Dilson incluía um reajuste salarial de 20% sobre o vencimento básico dos profissionais do magistério e atualização da regência de classe para 5%. No entanto, o abono salarial de 15% sobre o vencimento básico foi aprovado por 11 dos 15 vereadores, desconsiderando o acordo feito com a categoria.