Desde que assumiu o governo do Estado, Fábio Mitidieri (PSD) tem mostrado que a educação não é uma de suas prioridades. Em vez disso, ele tem valorizado o setor privado e esbanjado milhões dos cofres públicos para realização de festas, deixando a população e os serviços essenciais sucateados. Como consequência, sua gestão mergulhou numa guerra contra o Sintese, um dos sindicatos mais atuantes e combativos na defesa do magistério.
Elevando o tom de forma que muitos consideraram autoritária, o governador já chegou a afirmar que, em resposta às paralisações da categoria, o canal de diálogo entre ele e o Sintese está fechado. Declarou que não receberá mais o sindicato e que as agendas serão conduzidas pelo secretário Zezinho Sobral e outros órgãos governamentais.
“Que triste exemplo de conduta e liderança”, afirmou um internauta. “Debochadinho, na hora que precisava de votos, ele era humilde”, disse outro. “É um moleque, vice de festinha e de farra, o Rei do Camarote e do Abada”, criticou mais um.
Caso as negociações com o governo não avancem, o presidente do Sintese, Roberto Silva, afirmou que há um indicativo de greve por tempo indeterminado dos professores da rede estadual para o início do segundo semestre deste ano.
Por ora, diante da ausência de propostas da gestão para atender às demandas da categoria, o Sintese tem buscado apoio da população e de lideranças para que o governo abra o diálogo. “Não vamos parar até o Governo de Sergipe dar uma resposta à nossa pauta de lutas. Vamos juntos!”, enfatizou o sindicato.
“Ao invés de apresentar a proposta ou chamar o sindicato para negociar, de forma autoritária, o governador entrou com ações judiciais, no TJ-SE, pedindo a ilegalidade das duas paralisações, o que foram rapidamente julgadas ilegais, com pesadas multas impostas ao sindicato, pelo desembargador Roberto Porto”, acrescentou.
As pautas de reivindicação incluem o descongelamento da Gratificação de Tempo Integral, do Triênio e de gratificações fixas reajustáveis; a garantia da recuperação do poder aquisitivo do Magistério Público Estadual, abordando as perdas salariais acumuladas no período de 2012 até 2024; melhorias nas condições de trabalho e nas estruturas físicas das escolas; o retorno dos auxílios internet e tecnológico; e a realização de concurso público, que não ocorre há 12 anos.