O resultado das urnas no último domingo, 27, que consagrou a vitória de Emília Corrêa (PL) como a primeira mulher eleita prefeita em Aracaju, marcou um grande feito histórico para a política sergipana, sobretudo com o destaque da força popular, que deixa um claro e direto recado para 2026 em forte rejeição aos governistas.
A eleição de Emília representa o início de uma nova era e o fim da hegemonia do grupo que dominou o maior colégio eleitoral sergipano por quase duas décadas, sob as gestões de Edvaldo Nogueira (PDT). Ao todo, foram 165.924 votos de aracajuanos que clamavam por mudança e viram Corrêa como a grande esperança para vencer contra os governistas.
Vale destacar também que esse resultado foi, sem sombra de dúvidas, uma resposta do povo ao que ocorreu em 2022, quando seu desejo foi completamente ignorado. Naquele ano, o grande favorito, Valmir de Francisquinho (PL), foi tirado da disputa no tapetão, o que, no fim das contas, resultou na vitória do terceiro colocado, Fábio Mitidieri (PSD), numa eleição marcada pelo forte abuso de poder politico e econômico.
E, como 2024 é um ensaio para 2026, o recado está dado: o povo não se deixará vender aos caprichos e poderio econômico do grupo governista, e novamente mostrará sua força, ameaçando o projeto de reeleição do governador, que amargou duras derrotas neste ano para o grupo de Valmir não apenas na capital, com Emília, como também em Itabaiana e Areia Branca.