Com apenas alguns meses restantes em sua gestão, que já se estende por mais de uma década em Aracaju, o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), prestes a iniciar o processo de transição com a recém-eleita prefeita Emília Corrêa (PL), tem adotado medidas polêmicas que vêm chamando a atenção na capital. Uma delas foi o recente cancelamento da aquisição de um terreno por R$ 40 milhões, cuja compra estava sendo liquidada pela Secretaria Municipal de Educação à Emurb, levantando o questionamento: o que ele tem a esconder?
No Diário Oficial, consta que a transação referente à compra do terreno foi oficialmente cancelada através de um “Instrumento Particular de Distrato de Promessa de Compra e Venda”, e detalha que o valor seria pago em duas parcelas, com uma delas já tendo sido liquidada.
Segundo a gestão, o distrato foi aprovado embasado por pareceres jurídicos que indicavam a necessidade de desapropriação do terreno para viabilizar outros projetos de interesse público, como a construção de uma nova ponte ligando Aracaju ao município de Barra dos Coqueiros.
Contudo, o cancelamento da compra, logo após a amarga derrota de Luiz Roberto (PDT) na disputa pela sucessão de Edvaldo, gerou polêmica e levantou suspeitas, especialmente agora que Emília foi eleita e anunciou que pretende abrir a “caixa preta” da atual gestão, além de realizar uma auditoria nos contratos.
Segundo especialistas, é comum que prefeitos derrotados examinem minuciosamente as contas da administração para evitar a exposição de possíveis irregularidades, especialmente quando o sucessor pertence a um espectro político diferente, visto que isso pode resultar em denúncias.