Eleita pela maioria do povo aracajuano nas eleições de 2024 e marcando história como a primeira mulher a assumir o Executivo municipal da capital, Emília Corrêa (PL) já começou a dar os primeiros passos de sua gestão, gerando intensas especulações nos bastidores sobre a composição de seu secretariado, que pode ser anunciado nesta semana.
Uma das principais discussões gira em torno do ex-senador Eduardo Amorim (PL), que, segundo membros do partido, teria lugar garantido na gestão. No entanto, há quem afirme com convicção que o médico não terá espaço no governo. Além disso, outro ponto que vem chamando atenção é a ausência, até o momento, de uma colaboração direta entre a prefeita eleita de Aracaju e o prefeito de Itabaiana na construção de seu novo governo, o que abre espaço para especulações.
Valmir e Emília
Ainda sobre Valmir, esse seria um sinal de distanciamento entre ele e a prefeita eleita, especialmente após o ocorrido em 2022. Naquele ano, o “pato” optou por permanecer na disputa ao Palácio dos Despachos, mesmo estando inelegível, podendo ter sido substituído por Corrêa, o que certamente daria outros rumos ao seu grupo. Além disso, ele também declarou apoio ao candidato a governador do centro-esquerda e principal nome do PT, sigla rival do PL, no segundo turno, ganhando mais desgastes e rejeição com a parcela dos seus eleitores bolsonaristas, que era a maioria naquele pleito.
Valmir e Emília II
Com esse cenário, também já se especula nos bastidores, sobre a possibilidade de Emília não apoiar Valmir e sim a reeleição de Fábio Mitidieri (PSD), ou até mesmo manter uma coerente neutralidade. Essa informação, divulgada com exclusividade pela revista na última semana, caiu como uma bomba no grupo do prefeito eleito de Itabaiana, que rapidamente reagiu e levantou o questionamento se ele estaria sendo alvo de uma traição dentro do próprio partido.
Os próprios aliados?
O deputado estadual Marcos Oliveira (PL), por exemplo, insinuou que aliados de Valmir estão buscando justificativas para uma possível traição, dúvida levantada que, nos bastidores, foi visto como indireta para os Amorim.
Novos rumos?
Diante desse clima de uma suposta falta de unidade dentro do PL, uma forte especulação que tem circulado é a de que Valmir possa deixar o partido e se filiar a outra sigla, onde teria mais autonomia e deixaria de ser um líder meramente liderado. Caso opte por permanecer na legenda, ele correria o risco de continuar refém das articulações dos irmãos Amorim, que, conforme o cenário político se desenha, poderiam deixá-lo de fora da disputa pelo Governo de Sergipe, caso o prefeito não abra mão de alguns espaços, já que detém, no momento, o poder de impor candidatura ao Governo, escolher o vice e manter seus deputados federal e estadual, Ícaro e Marcos Oliveira, respectivamente.
Alimentando duelo
Intensificando ainda mais sua imagem de “patinho feio” dentro do PL e intensificando o desgaste com os independentes movimentos da direita sergipana, Valmir e Adailton Sousa (PL) lançaram a possibilidade do atual prefeito de Itabaiana disputar uma das vagas no Senado. E, embora ainda seja apenas uma possível jogada bara barganhar na sigla, isso repercutiu rapidamente e não foi bem recebido dentro do grupo; outros nomes já são cogitados como possíveis candidatos pela legenda, como Eduardo Amorim, além de Rodrigo Valadares, atualmente filiado ao União Brasil.
Rogério x Laércio
O embate entre o senador Rogério Carvalho (PT) e Laércio Oliveira (PP) em torno das alterações no PL 327/2021 ganhou novos contornos, com vitória do petista. Após sua grande pressão e resistência da estatal, o progressista voltou atrás e decidiu retirar do relatório final do Programa de Aceleração da Transição Energética (PATEN) o capítulo que tratava da diminuição do poder de mercado da empresa no setor de gás natural, que poderia prejudicar o retorno da Petrobras a Sergipe.
Melés
E por falar em Rogério, ele, Emília, Mitidieri e André Moura (UB) despontam como figuras centrais e potenciais definidores dos rumos das eleições de 2026, com seus respectivos apoios sendo amplamente cobiçados por diversas lideranças que buscarão vantagem na disputa daqui a dois anos. Por isso, não é à toa que as articulações estejam girando em torno deles. Apesar dessa visão, que é centralizada na Grande Aracaju, existe a força de Sérgio e Fábio Reis, ambos PSD, que podem ser fatores definidores, para a Alese, com prováveis 2 nomes sendo eleitos pelo grupo e um federal ou senador.