Após a grande repercussão da matéria da Realce, publicada ontem, 16, sobre a ação movida pelo União Brasil de André Moura, contra o grupo de Jeferson Andrade (PSD) em Canindé de São Francisco — que pode resultar na inelegibilidade do deputado estadual —, o presidente da sigla no estado emitiu uma nota nesta terça-feira, 17, tentando se desvincular da polêmica.
Na nota, André alegou que a iniciativa partiu exclusivamente da coligação municipal e foi conduzida por sua equipe jurídica, sem orientação ou envolvimento do comando estadual do partido.
“Cada diretório municipal constitui sua própria equipe de profissionais de apoio jurídico, sendo natural o ajuizamento de representações entre coligações e candidatos, com o objetivo de preservar e garantir direitos, não havendo qualquer interferência do Diretório Estadual nesse processo”, afirmou na nota.
A ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) acusa Jeferson Andrade, que é cotado como possível vice na chapa governista em 2026, Kaká Andrade e Wilton de Nova Vida de utilizarem policiais militares lotados na Assembleia Legislativa de Sergipe para beneficiar a campanha de Kaká à prefeitura de Canindé. De acordo com a denúncia, os agentes teriam realizado abordagens arbitrárias contra opositores e populares durante o pleito de 2024, configurando abuso de poder político.
Se a Justiça decidir pela inelegibilidade de Jeferson, a família Andrade, que saiu enfraquecida das eleições de 2024 em seus principais redutos eleitorais, pode ter um cenário ainda mais desafiador para 2026, especialmente com relação à vaga de vice na chapa de Fábio Mitidieri (PSD), para a qual André Moura tem articulado, querendo ter o poder da indicação, como já abordado pela Realce.
Confira nota na íntegra:
“Em razão da veiculação de notícias relacionadas à Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) proposta pela assessoria jurídica da coligação do prefeito eleito do Município de Canindé do São Francisco, Machadinho, contra o candidato Kaká Andrade, o Presidente do Diretório Estadual do União Brasil, André Moura, esclarece que, no curso da campanha eleitoral, os diretórios municipais dispõem de plena autonomia jurídica para a adoção de medidas judiciais no âmbito da Justiça Eleitoral.
Cada diretório municipal constitui sua própria equipe de profissionais de apoio jurídico, sendo natural o ajuizamento de representações entre coligações e candidatos, com o objetivo de preservar e garantir direitos, não havendo qualquer interferência do Diretório Estadual nesse processo.
O União Brasil destacou-se como um dos partidos que mais elegeu prefeitos e vereadores no Estado de Sergipe nas Eleições de 2024. Durante o pleito, todos os seus diretórios municipais têm plena autonomia e os seus filiados atuaram durante todo pleito em plena conformidade com as normas disciplinares previstas no Estatuto do partido e com a legislação eleitoral vigente.
Assessoria Jurídica do União Brasil”