Na manhã desta quinta-feira, 8, a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Tempus Veritatis, que mira o núcleo de Jair Bolsonaro (PL) em investigação sobre um plano de golpe de Estado após o segundo turno das eleições de 2022. Entre os alvos da ação policial está o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, que foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
Os agentes da PF cumpriram 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares contra membros do núcleo de Bolsonaro envolvidos no suposto planejamento do golpe de Estado. A prisão de Valdemar ocorreu durante o cumprimento dos mandados em sua residência, onde foi encontrada a arma de fogo ilegal.
Inicialmente, Valdemar seria alvo apenas de buscas e apreensões, mas a descoberta da posse ilegal de arma resultou em sua prisão em flagrante. Além disso, a PF realizou buscas na sede do PL, situada no mesmo edifício onde o dirigente reside.
O presidente do PL é investigado por supostamente discutir o plano de golpe com outros integrantes do governo e militares, conforme delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Em seu depoimento, Cid mencionou reuniões com Valdemar, o ex-vice-presidente Braga Netto, o ex-ministro Anderson Torres e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, todos alvos da operação Tempus Veritatis.
Além da prisão de Valdemar Costa Neto, a PF cumpriu mandados de prisão contra o coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa e o major das Forças Especiais do Exército Rafael Martins. O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu um prazo de 24 horas para entregar seu passaporte à Polícia Federal, enquanto outros alvos da operação, como o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, foram igualmente alvo das medidas cautelares da operação.