Em meio a uma utópica estratégia do grupo para posicionar dois nomes próprios no segundo turno da corrida pela prefeitura de Aracaju, como já abordado pela Realce, Fábio Mitidieri (PSD) recentemente fez mais uma cortina de fumaça, declarando seu apoio contínuo a Luiz Roberto (PDT), provável indicado por Edvaldo Nogueira (PDT), mesmo se o PSD lançar seu próprio candidato, além do governo apoiar o projeto de André Moura (UB), que terá sua filha, Yandra (UB), como pré-candidata.
O grupo está se dividindo, lançando vários pré-candidatos, especialmente mulheres, para atrair eleitores de diferentes segmentos, direcionando todas suas energias para enfraquecer a pré-candidatura de Candisse Carvalho (PT), e esquecendo, por ora, da tão atacada Emília Corrêa (PRD). Essa estratégia visa segmentar nomes como Danielle Garcia (MDB) e Katarina Feitoza (PSD) para depois uni-los em torno de Edvaldo. Por isso, o discurso de Fábio demonstra ser uma cortina de fumaça para desviar a atenção desse movimento. Ainda nesse contexto, Belivaldo está buscando fortalecer sua base e se aliar a André Moura e Yandra, enquanto Mitidieri se alinha a Nogueira.
Com esse falso clima de falta de unidade, o acordão do sistema se inviabiliza, e, consequentemente, os governistas caminham para ficar de fora, novamente, do segundo turno, assim como ocorreu em 2022, quando Mitidieri, mesmo com o grupo totalmente unido, ficou em terceiro, atrás de Valmir de Francisquinho (PL) e Rogério Carvalho (PT).
A inegável perspectiva de um cenário favorável na disputa para nomes da direita e da esquerda ameaça mais uma vez as chances remotas do grupo chegar ao segundo turno. Emília surge como representante do eleitorado conservador, enquanto Candisse se destaca como o grande nome da militância petista e dos movimentos sociais e populares.
Com o cenário de 2022 se desenhando para se repetir neste ano, há uma alta probabilidade de que tanto os pré-candidatos da direita quanto do PT repitam os resultados da última disputa. Enquanto isso, os prováveis candidatos fabricados pelos governistas correm o risco de novamente ficarem em terceiro (e quarto) lugar.