Quando cega a razão e domina os desejos, a ganância pode levar a escolhas impulsivas e destrutivas, resultando em perdas irreparáveis, como tem sido visto em Aracaju, onde os governistas, na ânsia por poder, fazem um jogo perigoso, com estratégias utópicas, para as eleições 2024.
Na disputa, o grupo tem como objetivo posicionar dois de seus nomes no segundo turno da corrida pela prefeitura da capital. Para alcançar esse fim, eles adotam uma estratégia de pulverização de várias pré-candidaturas, buscando obter uma vitória por W.O., como já abordado pela Realce.
De um lado, eles terão Luiz Roberto (PDT), indicado por Edvaldo Nogueira (PDT) e apoiado por Fábio Mitidieri (PSD). Por outro, o projeto liderado por André Moura (UB), que também conta com o apoio do governo, apresenta sua filha, Yandra (UB), como pré-candidata, com o ex-governador Belivaldo Chagas (Podemos) como vice.
No entanto, o êxito na tentativa do grupo de emplacar dois nomes é extremamente improvável, especialmente devido à rejeição massiva enfrentada por André na cidade. Além disso, há a presença dos fatores Candisse Carvalho (PT) e Emília Corrêa (PRD), que deverão impactar significativamente na estratégia.
Nesse cenário, há uma tendência de que, mais uma vez, os governistas não alcancem o segundo turno das eleições, repetindo o ocorrido em 2022. Naquela ocasião, mesmo com o grupo completamente unido, Mitidieri ficou em terceiro lugar, atrás de Valmir de Francisquinho (PL) e Rogério Carvalho (PT).
Neste ano, isso deve se repetir novamente com Candisse e Emília, que surgem como as principais forças da esquerda e direita, respectivamente. As opositoras devem protagonizar o segundo turno numa eleição que claramente será nacionalizada. A jornalista será levada pela força de Lula (PT) e de Rogério Carvalho (PT), que se firmou como o grande nome da oposição no estado e obteve 600 mil votos numa disputa marcada por abusos de poder político e econômico dos governistas. Já Corrêa contará com a força bolsonarista e de lideranças de direita.