Uma série de fatores corroborou para a grande vitória de Emília Corrêa (PL) na disputa pela prefeitura de Aracaju neste domingo, 27, e, sem sombra de dúvidas, alguns tiveram pesos maiores e foram essenciais para que o resultado fosse esse. Sobre isso, muitas análises ainda serão destrinchadas nos próximos dias e semanas, para se ter ideia da magnitude que foi a parlamentar vencer a disputa, derrotando o grupo governista e pondo fim à sua hegemonia na capital. Mas, neste texto, cabe analisar um personagem que foi tão grande quanto ela: Ricardo Marques (Cidadania).
O parlamentar foi a escolha ideal de Emília para ser seu vice e vencer corrida eleitoral, e não restam dúvidas sobre isso. Assim como ela, Ricardo possui um mandato de forte atuação popular, cumprindo um dos principais papéis de um vereador, que é fiscalizar e dar voz ao povo. Além disso, da mesma forma que Corrêa, Marques possui uma trajetória política ímpar e limpa, longe das grandes polêmicas que costumam cercar a classe política.
Dado esse destaque tanto na política quanto no jornalismo local— profissão que lhe fez ganhar grande popularidade na capital—, o parlamentar rapidamente se tornou o centro de especulações nos bastidores para ser o vice de Emília, especialmente após a Realce trazer, em primeira mão, desde novembro de 2022, logo após as eleições estaduais, a possibilidade de que ambos, com perfis parlamentares semelhantes e oposição a Edvaldo Nogueira (PDT), se unissem em uma chapa para 2024.
Consultas digitais realizadas pelo veículo, na época, reforçaram o apelo popular, o que culminou na formação da composição entre eles neste ano. A situação lembra o ocorrido em 2022, quando a Realce foi o primeiro veículo a cravar que Emília seria vice de Valmir de Francisquinho (PL) na disputa ao Governo do Estado, após suas enquetes indicarem o apoio do povo a ambos na disputa majoritária, mesmo com outros nomes, como o de Zé Franco, sendo cogitados. No entanto, VF optou pela vereadora para formar uma chapa leve, alinhada com o anseio popular, que rejeitava as demais opções, mesmo que estas fossem boas.
E no caso da disputa deste ano na capital, foi dito e feito. Ricardo foi o vice de Emília, também emanando o desejo do povo, e, com ela, marcou um grande feito histórico na capital e na história política sergipana, encerrando a hegemonia do grupo de Edvaldo Nogueira (PDT), o qual sempre combateu os erros e negligências com oposição firme a sua gestão, e em defesa do povo.
Ao lado dela, conquistou 165.924 votos em Aracaju, ampliando ainda mais seu capital político, iniciado em 2020, quando foi eleito vereador com 2.501 votos. Em 2022, quando disputou uma das 24 cadeiras na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), Ricardo recebeu o expressivo apoio de 12.686 pessoas, ficando como suplente e figurando como um dos cinco mais votados em Aracaju.