O pré-candidato governista Fábio Mitidieri (PSD), visto pela população como o pivô da interferência do jurídico de seu partido no julgamento que deixou em risco a candidatura do seu principal adversário para as eleições 2022, Valmir de Francisquinho (PL), tem buscado movimentos para tentar amenizar a rejeição ao seu nome para governo, impulsionada pelos indícios de perseguição a Valmir.
O partido de Mitidieri reuniu uma milionária força tarefa de advocacia para reforçar a acusação e acompanhar o caso do ex-prefeito de Itabaiana. Neste sentido, o agrupamento teria contratado pelo menos três escritórios, entre os quais dois advogados de elite para dar assistência e cassar Francisquinho e seu filho, Talysson Costa, a fim de impedi-los de concorrer ao pleito eleitoral de 2022.
Essa movimentação adversária contra Valmir causou um estrago estrondoso na imagem de Fábio Mitidieri, o colocando numa posição de difícil reversão. Com isso, ao sentir o efeito nocivo da atitude de sua agremiação, refletida nas tendências das pesquisas que apontam Valmir de Francisquinho ainda liderando na escolha espontânea dos sergipanos e, em um cenário sem o itabaianense, o senador Alessandro Vieira (PSDB) desbancando os governistas, Mitidieri tem limitado as possibilidades de estratégias para se livrar da rejeição crescente.
Depois de supostamente fingir um quadro de Covid-19 após ser vaiado em Gracho Cardoso, Fábio passou a adotar um tom condescendente e ameno sobre o tema. Em entrevista recente, o pré-candidato disse estar indiferente ao ocorrido, sem tristeza ou felicidade sobre o que se deu com Valmir, mas reafirma não ser bom para a democracia caso Francisquinho não participe do pleito. Porém, ao tentar justificar a manobra de sua sigla, o deputado federal se contradiz ao admitir que “o PSD apenas tinha nessa causa um escritório como assistente e não participou em nada do julgamento”.