Diante do rumo tomado após os recentes episódios em torno da polêmica situação jurídica de Valmir de Francisquinho (PL), favorito na disputa ao Governo de Sergipe, a eleição deverá ficar concentrada entre o ex-prefeito de Itabaiana e o candidato petista Rogério Carvalho. A corrida eleitoral pelo cargo se afunilou com os dois nomes diante da revolta popular ao candidato de Belivaldo Chagas (PSD), Fábio Mitidieri (PSD), e da grande rejeição à candidatura do senador Alessandro Vieira (PSDB), construída desde seu primeiro ano de mandato, 2019.
No caso do candidato de Belivaldo, apesar de adquirir apoios através de acordos envolvendo elevados recursos pelo estado visando se fortalecer ante o eleitorado, ele não deve conseguir bons números, já que, diante da população, tem uma das maiores rejeições já vistas dentre os candidatos a governador desde a redemocratização. Além da má avaliação do atual governo, sua associação com uma implacável perseguição a Valmir o anulou nas eleições.
Já Alessandro não economizou ataques para Valmir nos últimos dias, mesmo que de forma altamente articulada, tentando a todo custo induzir os eleitores de que ele estaria fora da disputa. As declarações do tucano foram equivocadas e geraram revolta nos apoiadores de Francisquinho, passando uma imagem de aproveitador.
Sendo assim, o resultado do pleito em Sergipe só será firmado após o veredito final a respeito da candidatura de Valmir. Caso seja eleito, os votos de Valmir só serão computados se o candidato ter êxito no julgamento dos embargos, agendado para a próxima terça-feira, 4. Ao contrário, seus votos serão anulados.
Neste caso, a possibilidade é de que seus votos sejam descarregados em Rogério, que foi o único candidato a não atacá-lo durante toda a campanha. O petista, que tem boa parte da base eleitoral do ex-presidente Lula (PT) em Sergipe, é o segundo nome mais cotado a ocupar o cargo, de acordo com as últimas pesquisas eleitorais de credibilidade realizadas no estado.