A eleição para o governo de Sergipe em 2022 ficará marcada na história como um dos episódios mais sórdidos contra a democracia no estado, em que o grupo hoje comandado por Fábio Mitidieri (PSD) não poupou artimanhas para barrar a candidatura de nomes espontaneamente eleitos pelo povo, empurrando um sucessor do atual governador Belivaldo Chagas (PSD), utilizando-se do uso ilegítimo da força do sistema. O começo foi a retirada de Valmir de Francisquinho (PL), favorito na disputa já previsto pela Realce desde abril de 2021, por meio das supostas interferências em processos judiciais sobre a sua elegibilidade.
A perseguição intensificou quando a Realce noticiou com exclusividade a suspeita ligação de Mitidieri a um suposto candidato laranja, George Martins (PSD), que representou junto ao TRE/SE solicitando o indeferimento da candidatura de Valmir, que foi para a urna inelegível e obteve 457.922 votos.
Depois de tirar Valmir da disputa, Mitidieri e seu agrupamento avistaram mais um alvo, que atrapalharia seu planos de manutenção no poder: Rogério Carvalho (PT), que disparava na liderança impulsionado pela força de Lula. Assim como Francisquinho, o petista foi vítima do implacável uso da máquina pública, capaz de coagir e ameaçar qualquer inimigo político e enganar as massas.
Contra Rogério, que liderou as pesquisas nacionais do segundo turno, Fábio se valeu da desinformação com as fake news. Tamanha era a força da máquina de mentiras do gabinete do ódio dos governistas, que Carvalho conseguiu na Justiça Eleitoral derrubar diversas propagandas com informações mentirosas. Uma delas relacionava o petista ao Orçamento Secreto – considerada irregular pela Justiça. Além disso, a campanha pessedista também foi penalizada por manipular a opinião pública, após veicular material que induzia o eleitor a acreditar que o adversário era responsável pela crise na Saúde Pública do Estado.
Após as estratégias ilegítimas, o governista conseguiu, de virada, e surpreendendo a todos, vencer o pleito, marcado por polêmicas, na maioria das quais esteve envolvido. Agora, o povo sergipano deverá lidar com as consequências da decisão, que colocou no poder o grupo responsável por uma compra de votos nunca antes vista em uma eleição sergipana.