Durante a eleição 2022, marcada por uma disputa acirrada e polarizada entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), o clima de tensão ficou impregnado e assusta até hoje, poucos dias antes da posse do petista para seu terceiro mandato, devido as especulações de um possível golpe, articulado por bolsonaristas em todo o país.
Em Sergipe, informações dão conta de que apoiadores do atual mandatário, que ainda estão insatisfeitos e sem aceitar o resultado das urnas, planejam algum ato para o dia 1°, quando ocorrerá a posse na Esplanada. As suspeitas surgem, principalmente, após apostas de que Lula não assumirá virem à tona.
Os bolsonaristas mais ferrenhos, de Itabaiana, Lagarto e Aracaju, estariam, supostamente, fazendo apostas com valores altos, em torno de até R$ 50 mil. No entanto, segundo os bastidores, eles ficam em desvantagem, com uma “zebra”, já que os apostadores de Lula estão na dianteira, confiantes de que o petista terá êxito para assumir no Palácio do Planalto.
As apostas, no entanto, aumentam ainda mais o temor de um possível golpe no país, principalmente, após os diversos atos dos bolsonaristas, que insistem que houve interferência no resultado do pleito favorecendo Lula, mesmo após a comprovação de que não houve fraude, além da eficiência das urnas.
Desde o último dia 30 de outubro, os apoiadores de Bolsonaro protestam em diversas regiões, acampados em frente aos QG do Exército como mobilização para que militares promovam golpe antes da posse de Lula. No estado, um grupo de bolsonaristas radicais se reuniu e chegou a acampar por vários dias em frente ao quartel do 28º Batalhão de Caçadores, contra o resultado das eleições para presidente. Os ocupantes pediam “intervenção federal”, o que é considerado inconstitucional e não possui respaldo legal.
Os atos, diante de suas características, davam a entender que pessoas de alto escalão estariam, de certa forma, “patrocinando” as investidas em busca de um golpe. No mais recente episódio, por exemplo, o empresário George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, foi preso por montar um artefato explosivo em um caminhão de combustível, perto do Aeroporto de Brasília. Na ocasião, o apoiador do presidente Bolsonaro confessou que sua atitude teve “motivação ideológica”.
Após o ato terrorista, planejado por integrantes de movimentos antidemocráticos, policiais e integrantes da transição de governo, responsáveis pela segurança do presidente eleito, apresentaram a Lula propostas de mudança para reforçar a segurança na posse no próximo domingo, 1º. Uma das ideias é que o petista não desfile em carro aberto, mas em veículo blindado. No entanto, Lula ainda não bateu o martelo e há auxiliares dele que resistem a essa proposta.