O Ministério da Justiça criou o Observatório da Violência contra Jornalistas e Comunicadores Sociais. O órgão havia sido anunciado pelo ministro Flávio Dino, após as agressões a profissionais da imprensa durante os ataques terroristas praticados por bolsonaristas radicais no dia 8 de janeiro, em Brasília, no Distrito Federal.
O objetivo do órgão será monitorar casos relacionados a condutas violentas contra jornalistas e comunicadores sociais, apoiar investigações nesses casos e sugerir políticas públicas. Os participantes do observatório não serão remunerados.
Logo após os ataques de 8 de janeiro, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a abertura de investigação para identificar responsáveis por agressões a jornalistas.
O documento encaminhado pela ABI à PGR lista 15 casos de agressões sofridas por profissionais de imprensa. A associação menciona o espancamento de uma fotojornalista do portal Metrópoles agredida por dez homens; e o relato de um repórter do portal “Congresso em Foco” que teria sido impedido por um policial rodoviário federal de permanecer em lugar seguro.
De acordo com a ABI, jornalistas tiveram ainda equipamentos furtados ou danificados nas agressões. A associação pede a reparação dos danos materiais e morais às vítimas.