Apesar de negar qualquer articulação política para as eleições municipais de 2024 na ‘terra da laranja’, considerando sua situação de enfermidade, o vice-prefeito de Boquim, Chicão Almeida (PT), tem gerado comoção e um grande apelo popular para o pleito do próximo ano, conjuntura que vai em contrapartida a tudo que o prefeito Eraldo (PSD) e seu grupo pretendiam ao colocá-lo de escanteio na gestão.
O vice-prefeito, que se tornou o centro do debate nas últimas semanas no município após ser despejado da sede da prefeitura, veio a público recentemente e expôs que há um gabinete de ódio contra ele em Boquim. Segundo o petista, ele passou a ser apontado como um traidor pelo fato de não ter acompanhado o prefeito nas eleições de 2022, ao votar com os candidatos da coligação de seu partido.
Porém, politicamente, ambos estão rompidos desde o pleito que os reelegeu, em 2020. Após isso, apesar de vitoriosos, os dois não mantiveram a sintonia do primeiro mandato, com o vice-prefeito perdendo todos os espaços de influência que possuía anteriormente na gestão, escancarando atitudes autoritárias de Eraldo, o que ganhou uma ampla repercussão em todo o estado.
O afastamento, que vinha sendo natural, gerou um grande imbróglio com o recente despejo, somado aos ataques promovidos por aliados do prefeito contra Chicão, que atualmente se encontra enfermo e em tratamento de hemodiálise. Nessa conjuntura, há um senso comum que há uma injustiça em andamento no município.
Nos bastidores, a informação é de que os constantes ataques teriam sido feitos diante do fortalecimento de Chicão, consolidado como principal nome de oposição e porta-voz das políticas públicas do Governo Lula no município, e que pode ganhar ainda mais força se realmente confirmar pretensão de disputar a prefeitura em 2024.