O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhou com aliados que pretende lançar candidatura ao Senado Federal em 2026. Dessa forma, entende-se que ele deve desistir da ideia de retornar à presidência, sobretudo, por ser o primeiro chefe do Executivo na história a não conseguir a reeleição, após ser derrotado por Lula (PT) no ano passado.
Agora, conforme o jornal Folha de São Paulo, o ex-presidente vê a nova possibilidade em sua carreira política de liderar um bloco numeroso na Casa, formado por parlamentares identificados com a linha bolsonarista, incluindo três familiares e também aliados próximos que já estão lá, como Damares Alves (Republicanos-DF), Rogério Marinho (PL-RN), Jorge Seif (PL-SC) e Marcos Pontes (PL-SP).
Nesse cenário, ele estuda disputar a cadeira em alguma das localidades onde recebeu mais votos na eleição do ano passado. Entre as opções está o Distrito Federal. Além de ter mais facilidade na troca do endereço eleitoral, por possuir residência fixa em Brasília, ele recebeu 58,81% dos votos na disputa do segundo turno na capital federal em 2022, contra 41,19% de Lula.
No entanto, o projeto só poderá ser colocado em marcha caso Bolsonaro chegue a 2026 em condições jurídicas de disputa. Informações também dão conta, inclusive, que o ex-presidente tem no horizonte uma possível condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o deixaria inelegível por oito anos.
Apesar disso, o ex-presidente acredita que pode reverter a decisão após a troca de postos na corte — o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, deixará o tribunal em junho de 2024. E os ministros indicados por Bolsonaro ao STF, Kassio Nunes Marques e André Mendonça, estarão no TSE.