Como já dizia uma das famosas Leis de Murphy, nada é tão ruim que não possa piorar. E é isso que tem acontecido com a situação do IPESAÚDE e de várias outras na gestão de Fábio Mitidieri (PSD). Mas nessa questão em si, como se não bastasse despejar a crise da instituição nas costas dos servidores e servidoras, com desconto direto nos salários dos mais de 116 mil utilizadores do convênio, novas revelações expõe mais uma polêmica neste caso.
A Clínica Santa Sophia, em nota pública, elevou o tom contra o IPESAÚDE e fez várias revelações contra o desmonte do antigo Ipes em 5 meses. Um dos principais pontos da denúncia, no entanto, é sobre a gestão do atual presidente, Cláudio Mitidieri, classificada como autoritária. “Em menos de cinco meses essa gestão já privilegiou mais de vinte novas outras clínicas e prestadores de serviços com novos credenciamentos, pagando valores milionários, além de incluir parentes do atual presidente”, disse.
A nota também revela que a presença de Cláudio no Ipesaúde tem interesses políticos. “Importante lembrar que o atual presidente, apesar de ser médico, é pré-candidato a deputado estadual. A sua escolha, portanto, não é por competência técnica, mas por interesses políticos”, acusa.
De acordo com a clínica, a atual gestão está transformando o IPESAÚDE em um “curral”, tratando a coisa pública como se fosse privada, “ferindo as regras de transparência e maior concorrência”. Modelo que parece ser bem comum na família Mitidieri.
Por fim, a instituição informou que está na iminência de parar todos os atendimentos aos usuários do IPESAÚDE, no qual possui convênio há quase 40 anos, por sofrer perseguição da atual gestão. “Contamos com o Ministério Público e demais autoridades para que medidas urgentes sejam tomadas”.
Enquanto isso, o Projeto de Lei, de autoria de Fábio, que aumenta o percentual pago pelos servidores do estado ao plano foi aprovado na Alese. Com a mudança, os servidores são os mais afetados, passando a contribuir de 4% para 6%, em um aumento de 50% no percentual.