Em uma votação histórica, após mais de 30 anos em discussão no Congresso Nacional, a reforma tributária foi aprovada pela Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, 6, com 382 votos favoráveis, 118 contrários e 3 abstenções, sendo marcada pela união da esquerda e direita.
O Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, deu 20 votos “sim” ao texto, mesmo diante do posicionamento do ex-mandatário, que é contra a proposta. Apenas bolsonaristas mais radicais, a exemplo do deputado federal por Sergipe, Rodrigo Valadares (UB), votaram contrários ao projeto.
Como já era esperado, o PT liderou o apoio à PEC, com votos favoráveis de 67 dos 68 deputados da bancada. Houve apenas uma ausência do partido, somando 99% de adesão.
Na sequência, União Brasil, que integra a base aliada do governo, deu 48 votos para aprovação da medida, o que equivale a 81% dos deputados da legenda. Fechando o pódio, o PP chancelou a medida com 40 votos favoráveis.
A votação do segundo turno foi chancelada com 375 votos favoráveis e 113 contrários. Agora, a PEC segue para o Senado Federal.
O número de votos a favor, além da própria aprovação, provocaram efusivas comemorações entre a base governista. O presidente Arthur Lira (PP-AL) também foi celebrado. Em seu discurso, por exemplo, ele afirmou que não são os parlamentares que encaram com urgência a aprovação da reforma, mas sim o povo brasileiro. “Não nos deixemos levar por críticas infundadas. Quando o país quer olhar para frente, surgem vozes ligadas ao passado. Não nos deixemos levar por radicalismo político. As eleições já ocorreram, os vitoriosos que somos nós estamos aqui. Reforma tributária não será joguete político. Reforma tributária não é barganha política, não é pauta de governo. É pauta de Estado”, afirmou.