Em uma resolução interna publicada ontem, 13, a executiva estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) reafirmou que seguirá na oposição ao Governo de Sergipe, frisando lealdade e respeito aos mais de 582 mil votos dados ao senador Rogério Carvalho (PT) nas eleições 2022.
No documento, a sigla ainda ressalta sobre a trajetória que vem desenhando desde 2020, quando decidiu retomar o protagonismo no cenário político sergipano, lançando uma candidatura própria, assim como ocorreu posteriormente na disputa ao Palácio dos Despachos. Foi com tal atitude, inclusive, que o PT suprimiu a aliança com o grupo governista, após ter sido escanteado e perdido, aos poucos, espaço no governo estadual.
Seguindo com o trabalho firme e coerente na oposição, o PT também alinhou sobre como funcionará seu posicionamento nas eleições 2024. A nota frisa que o partido participará do próximo pleito em todos os 75 municípios sergipanos, com a participação da militância, dos partidos aliados e dos que compõem a federação no processo, além de ter definido como prioridade absoluta a articulação nas cidades em que já governa e em Aracaju.
“A nossa tarefa primordial nessa quadra é buscar a unidade política necessária e importante para enfrentarmos os desafios que virão”, frisou o PT na nota.
O firme posicionamento foi feito após as tentativas desesperadas de Márcio Macedo para fazer uma aliança com os governistas e depois de novas informações sobre o petista circularem nos bastidores do poder, que deram a entender que não há coesão dentro do PT. Nelas, a narrativa usada, um dia antes de Rogério declarar apoio ao colega em Aracaju, era a de que MM não havia solicitado nada do tipo ao partido, mostrando que, ao contrário do senador, o ministro não tem se colocado à disposição para fortalecer a sigla para o próximo ano e, muito menos, para acabar com qualquer possível divergência entre os quadros.
De acordo com prints publicados pela Realce, além de uma grande quantidade que nosso jurídico avalia, fica claro que o PT Sergipe mostrou força e não se submeteu ao abuso de poder político de Márcio, que tenta levar o partido para a direita sergipana, utilizando de sua relação com o presidente Lula (PT), e assim barganhando através de cargos dentro da legenda, conduta que não faz parte da história do PT.