A relação entre o ministro Márcio Macedo (PT) e a secretária Nacional de Renda e Cidadania, Eliane Aquino (PT), com Fábio Mitidieri (PSD) tem gerado um forte desconforto dentro da militância petista, que vê com preocupação qualquer sinal de alinhamento com o governador, firmado por sua gestão com viés neoliberal.
Durante as festividades do Pré-Caju, conforme divulgado em diversos canais de comunicação, Márcio e Fábio surpreenderam ao trocarem elogios mútuos e se referirem um ao outro como “grandes aliados”. Eles até mencionaram a possibilidade de colaboração nas próximas eleições, situação que já havia sido prevista pela Realce desde o início do ano.
Com o PT firmado na oposição, segundo lideranças do partido, cabe agora a militância julgar as ações individuais de Márcio e Eliane e avaliar se suas posições estão alinhadas com os princípios do partido.
Segundo falas de Jefferson Lima, presidente do PT Aracaju, do vereador Camilo, do deputado federal João Daniel (PT), do senador Rogério Carvalho (PT), dentro outros membros, cabe a militância, que foi alvo de perseguição por parte daqueles com quem Márcio e Eliane agora se aproximam, avaliar a situação com cautela. Isso sugere a importância de que Macedo esteja ciente das deliberações da sigla sem ultrapassar os limites da institucionalidade, segundo eles.
O presidente do diretório estadual, João Daniel, expressou sua perspectiva, enfatizando que embora cada indivíduo seja livre para fazer suas escolhas, o partido mantém uma posição clara como força de oposição. Ele reforçou que o PT tem um programa definido, e que a prioridade é continuar a trabalhá-lo e discutir com a população, sob a liderança do presidente Lula.
Apesar da polêmica, João assegurou que o partido permanecerá unificado nas eleições de 2024, tanto na capital quanto no interior.