O deputado federal Rodrigo Valadares (UB) hoje é considerado como o principal líder bolsonarista e de direita em Sergipe. E isso não é à toa. Ontem, 25, por exemplo, o jovem foi o único parlamentar sergipano no Congresso que marcou presença no ato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo. “Dia histórico para o Brasil e para a direita”, disse.
A manifestação reuniu pelo menos 94 políticos, incluindo quatro governadores: Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Jorginho Mello (PL-SC) e Romeu Zema (Novo-MG). Além disso, o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), também esteve presente no evento, organizado pelo líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, pastor Silas Malafaia.
Durante o ato, o ex-presidente expressou ter sido “perseguido por quatro anos” e destacou que essa perseguição intensificou-se após seu mandato presidencial. Ele mencionou uma minuta de decreto para instituir o estado de sítio, ressaltando que para tal medida seria necessária a convocação do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional, o que não ocorreu durante seu governo.
Ao se dirigir a aproximadamente 185 mil pessoas, de acordo com a estimativa do grupo de pesquisa “Monitor do debate político”, Bolsonaro também expressou o desejo de “passar a borracha no passado”. Na mira da Polícia Federal, o ex-presidente afirmou que “golpe é tanque na rua” e apelou ao Congresso para que aprove um projeto de anistia, visando perdoar os indivíduos condenados pelos ataques à Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, referindo-se a eles como “pobres coitados”.
O evento ocorreu em meio ao avanço das investigações da Polícia Federal (PF) na operação Tempus Veritatis, que apura uma suposta organização criminosa envolvida na tentativa de golpe de Estado e na subversão do Estado Democrático de Direito.
No início de fevereiro, as autoridades policiais cumpriram 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares contra Bolsonaro e seus aliados. Essas ordens foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.