Por Fernanda Souto
Em meio a um falso clima de unidade, os governistas têm se apressado em uma tentativa ilusória de reverter suas remotas chances de alcançar o segundo turno na disputa pela prefeitura de Aracaju. Uma de suas estratégias fantasiosas para isso é emplacar dois nomes na corrida eleitoral, com a possibilidade de o PSD, liderado pelo governador Fábio Mitidieri, abrir mão de uma candidatura própria para apoiar o pré-candidato do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT). Dessa forma, o grupo teria Luiz Roberto (PDT) e Yandra de André Moura (UB) em duas chapas representantes na corrida eleitoral.
Nessa amarração, no entanto, apesar de buscar reparar as arestas do grupo diante da grande quantidade de nomes para a disputa, o governador ainda fica na corda bamba, por desagradar, com uma postura incoerente, o diretório nacional do PSD que queria a delegada e deputada federal Katarina Feitoza como pré-candidata a prefeita da capital.
Em março, durante um evento da bancada do PSD no Rio de Janeiro, Gilberto Kassab fez projeções otimistas sobre as eleições de 2024, prevendo que o partido deverá eleger mais de 800 prefeitos nas eleições de outubro, o que fortaleceria os candidatos a governador em 2026 pela legenda. Portanto, na oportunidade, ele expressou confiança na pré-candidatura de Katarina, enfatizando que ela seria “a cereja no bolo”.
No entanto, na última sexta-feira, 5, quando Kassab veio a Aracaju para empossar o governador Fábio Mitidieri como presidente do Diretório Estadual do PSD, isso não ocorreu, caindo como um balde de água fria naqueles que ainda tinham esperanças de que a delegada pudesse ter espaço ma disputa pelo grupo.